domingo, 25 de março de 2012

SANTO PADRE - Ainda na visita ao México...

Bento XVI leva palavras de esperança para mexicanos

Nicole Melhado
Da Redação, com agências


Montagem sobre fotos / Uno Tv (México)
Uma multidão se reuniu na Praça do Bicentenário em Leon para participar da Missa presidida pelo Papa Bento XVI
“Criai em mim, ó Deus, um coração puro” (Sal 50, 12), este é o Salmo Responsorial deste domingo, 25. Na Missa que reuniu mais de 400 mil fiéis na Praça do Bicentenário de Leon, no México, o Papa Bento XVI destacou que esta súplica é uma grande reflexão para a preparação da Páscoa. “E ajuda-nos também a olhar no íntimo do coração humano, especialmente em momentos feitos de sofrimento e de esperança como os que atravessam atualmente o povo mexicano e outros povos da América Latina”, disse.

Bento XVI salienta que um coração puro, um coração novo, é aquele que se reconhece impotente por si mesmo e se coloca nas mãos de Deus para continuar a esperar as suas promessas.
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Realizando um sonho de João Paulo II


Ele recordou que nesta sua 23ª viagem apostólica realizou um sonho de seu predecessor, João Paulo II, ao visitar o monumento do Cristo Rei no Monte Cubilete. “Hoje certamente rejubilará no Céu pela graça que o Senhor me concedeu de poder estar agora convosco, como terá abençoado também tantos milhões de mexicanos que ainda recentemente quiseram venerar as suas relíquias em todos os cantos do país”, afirmou.

Para o Pontífice, este santuário é, acima de tudo, um lugar de peregrinação, oração fervorosa, conversão, reconciliação, busca da verdade e acolhimento da graça. “Pedimos a Jesus Cristo que reine nos nossos corações, tornando-os puros, dóceis, cheios de esperança e corajosos na sua humildade”.


Superando uma fé superficial

Mas o Santo Padre ressaltou que para que Deus habite nos corações dos fiéis, é preciso escutá-Lo, deixar-se interpelar cada dia pela sua Palavra, meditando-a no próprio coração, a exemplo de Maria (cf. Lc 2, 51). Assim cresce a nossa amizade pessoal com Ele, aprende-se o que Ele espera e recebe-se alento para dar a Ele ao acolher os outros.

Na Conferência de Aparecida, recordou que a Missão Continental estipulada tem por objetivo fazer chegar esta convicção a todos os cristãos e às comunidades eclesiais, para que resistam à tentação de uma fé superficial e rotineira, por vezes fragmentária e incoerente. Por isso, o Ano da Fé, proclamado pelo Papa, é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.

“Pedimos à Virgem Maria que nos ajude a purificar o nosso coração, tanto mais que já se aproxima a celebração da festa da Páscoa, para que cheguemos a participar melhor no Mistério de salvação do seu Filho, tal como Ela o deu a conhecer nestas terras”, destacou Bento XVI ao final da homilia.

Depois da Celebração Eucarística, o Santo Padre fará a recitação do Angelus e dedicará um momento de oração diante da Imagem da Virgem de Guadalupe. Por fim, abençoará 91 reproduções da Virgem de Guadalupe que serão levadas a cada uma das dioceses mexicanas.

Assista à reportagem do enviado especial Raphael Leal




Angelus de Bento XVI - 25/03/2012


Boletim da Santa Sé


Viagem Apostólica de Bento XVI ao México e à República de Cuba 
Praça do Bicentenário
León, México
Domingo, 25 de março de 2012


Amados irmãos e irmãs!

No Evangelho deste domingo, Jesus fala do grão de trigo que cai na terra, morre e se multiplica, respondendo a alguns gregos que se aproximam do apóstolo Filipe para lhe pedir: «Nós queríamos ver Jesus» (Jo 12, 21). Hoje nós, dirigindo-nos a Maria Santíssima, também Lhe suplicamos: «Mostrai-nos Jesus».
Com efeito, ao rezarmos agora o Angelus, que recorda a Anunciação do Senhor, em espírito também os nossos olhos se dirigem para a colina de Tepeyac, o lugar onde a Mãe de Deus, sob o título de «a sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe», há séculos que é honrada fervorosamente como sinal de reconciliação e da infinita bondade de Deus pelo mundo.

Os meus Predecessores na Cátedra de São Pedro honraram-Na com títulos especiais como Senhora do México, Padroeira celeste da América Latina, Mãe e Imperatriz deste Continente. Por sua vez, os seus filhos fiéis, que experimentam a sua ajuda, invocam-Na, cheios de confiança, com nomes tão carinhosos e familiares como Rosa do México, Senhora do Céu, Virgem Morena, Mãe de Tepeyac, Nobre Indiazinha.

Amados irmãos, não esqueçais que a verdadeira devoção à Virgem Maria aproxima-nos sempre de Jesus, e «não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa Mãe e a imitar as suas virtudes»
 (Lumen gentium, 67). Amá-La é comprometer-se a escutar o seu Filho; venerar a «Guadalupana» é viver segundo as palavras do fruto bendito do seu ventre.

Neste tempo em que tantas famílias se encontram divididas ou forçadas a emigrar, quando muitas sofrem por causa da pobreza, da corrupção, da violência doméstica, do narcotráfico, da crise de valores ou da criminalidade, recorramos a Maria à procura de conforto, fortaleza e esperança. É a Mãe do verdadeiro Deus, que nos convida a permanecer à sua sombra pela fé e a caridade, para deste modo superarmos todo o mal e instaurarmos uma sociedade mais justa e solidária.

Com estes sentimentos, desejo colocar de novo sob o doce olhar da Nossa Senhora de Guadalupe este país e toda a América Latina e o Caribe. Confio cada um dos seus filhos à Estrela da primeira e da nova evangelização, que animou com o seu amor materno a história cristã destas terras, dando características particulares aos grandes acontecimentos da sua história, às suas iniciativas comunitárias e sociais, à vida familiar, à devoção pessoal e à Missão Continental que está em curso agora nestas nobres terras. Em tempos de tribulação e sofrimento, Ela foi invocada por tantos mártires que, ao grito «Viva Cristo Rei e Maria de Guadalupe», deram testemunho de inquebrantável fidelidade ao Evangelho e entrega à Igreja. Agora, suplico-Lhe que a sua presença nesta querida nação continue a ser apelo ao respeito, defesa e promoção da vida humana e à consolidação da fraternidade, evitando a vingança inútil e desterrando o ódio que divide. Santa Maria de Guadalupe nos abençoe e obtenha, com a sua intercessão, abundantes graças do Céu.

  



Domingo, 25 de março de 2012, 14h56 
Angelus de Bento XVI - 25/03/2012

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