quarta-feira, 29 de agosto de 2012

29 de agosto - O martírio de João Batista, precursor da vida e da morte do Senhor


"Como último ato, João Batista testemunha com o sangue sua fidelidade aos mandamentos de Deus, sem hesitar ou retroceder, cumprindo até o final sua missão. São Beda, monge do século IX, diz de João Batista em sua  homilia: Para [Cristo] deu a sua vida, ainda que não tenha sido obrigado a negar Jesus Cristo, foi condenado apenas para calar a verdade (cf. Om 23..: CCL 122, 354). Mas calou a verdade, morreu por Cristo, que é a Verdade. Exatamente por amor à verdade, não cedeu a seus valores e não teve medo de dirigir palavras fortes àqueles que tinham se perdido no caminho de Deus."

Audiência do Santo Padre
 29 de agosto de 2012

COMPETIR CONSIGO MESMO PARA VIVER O SENTIDO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA


Viktor E. Frankl, fundador da logoterapia e da análise existencial: no esporte, a regra é dar o melhor de si

Eugenio Fizzotti
ROMA, quarta-feira, 29 de agosto de 2012 (ZENIT.org) - Convidado a palestrar sobre Esporte, ascetismo do nosso tempo, em congresso científico organizado por ocasião dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, o psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl propôs e aplicou ao esporte as seguintes quatro teses, cujo pressuposto é que o homem se caracteriza pela orientação a algo ou a alguém que está fora dele mesmo:
1) O homem não é apenas essencialmente preocupado em reduzir a sua tensão; ele tambémprecisa de tensões.
2) Portanto, ele está à procura de tensões.
3) Hoje, porém, ele não encontra tensões suficientes.
4) Esta é a razão pela qual ele às vezes cria tensões para si mesmo.
Frankl comentou da seguinte forma as quatro teses:
1) É óbvio que o homem não deve se submeter a uma tensão excessiva. Ele precisa, sim, de uma quantidade moderada de tensão, a quantidade certa, em dose equilibrada. Por outro lado, não só as exigências excessivas, mas também o contrário, a ausência de indução, pode determinar um estado mórbido. [...] Pessoalmente [...], eu diria que o homem tem necessidade de uma tensão específica, isto é, da tensão que se forma entre o ser humano, por um lado, e, por outro, a significância, que ele tem que realizar. Afinal, se um indivíduo não é estimulado por alguma tarefa que ele deva assumir, e evita com essa ausência de estímulo a tensão específica que dele derivaria, ele pode acabar sofrendo uma espécie de neurose.
2) É claro que o homem não está em busca somente de tarefas cujo cumprimento possa dar sentido à sua existência. O homem é essencialmente motivado por aquilo que eu chamo de "vontade de significado", como nos últimos anos foi confirmado pela pesquisa empírica.
3) Hoje, no entanto, muitas pessoas não são capazes de encontrar esse significado e propósito da vida. Em contraste com as descobertas de Sigmund Freud, o homem já não é, em primeiro lugar, sexualmente frustrado, mas "existencialmente frustrado". E, em contraste com os achados de Alfred Adler, a principal razão para os lamentos não é mais um sentimento de inferioridade, mas um sentimento de futilidade, uma sensação de falta de sentido e de vazio da vida: em suma, o que eu expresso com o termo "vazio existencial". Seu principal sintoma é o tédio. [...] Levando-se em conta que a sociedade do bem-estar oferece uma tensão baixa demais, o homem começa a criar as suas próprias tensões.
4) Ele cria artificialmente a tensão que é poupada pela sociedade do bem-estar! Ele procura as tensões ao se fazer deliberadamente as perguntas sobre si mesmo, ao se expor a situações de estresse, ainda que durante um curto espaço de tempo. E, a meu ver, esta é precisamente a função que o esporte deve desempenhar.
De acordo com Frankl, portanto, o esporte permite que os homens do nosso tempo, que não precisam mais andar porque dirigem carros, que não precisam mais subir escadas porque usam o elevador, consigam criar situações de emergência: nelas, o que o homem espera de si mesmo é testar os limites da sua capacidade, para que, aproximando-se dos limites, possa empurrá-los para mais longe.
“Em todas as competições esportivas”, diz Frankl, “o homem realmente compete consigo mesmo. Ele é o seu adversário pessoal. Ou deveria ser. Este não é um imperativo moral, mas uma constatação de fato, porque quanto mais se luta para competir com os outros e vencê-los, menos se está em condições de realizar o próprio potencial plenamente. E quanto mais o homem concentra os seus esforços em dar o melhor de si, sem se preocupar muito com o triunfo sobre o outro, mais cedo e mais facilmente os seus esforços serão coroados de êxito. Há coisas que eludem a intenção direta: só podem ser obtidas como efeitos secundários de outra finalidade. Mas quando essas coisas são elevadas a escopos, elas falham".
No esporte, vale a regra de dar o melhor de si, mais do que a regra de ganhar a todo custo. Ilona Gusenbauer, que até os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, detinha o recorde mundial de salto em altura, disse em uma entrevista: "Eu não tenho que dizer a mim mesma que bater os outros é algo que eu deva fazer custe o que custar".
E o mesmo conceito foi expresso pelo treinador Stastny para a equipe austríaca, no final do primeiro tempo de um jogo de futebol em que perdiam de dois a zero para a Hungria. Stastny disse ao time que eles ainda tinham chance, mas que não os culparia se eles perdessem a partida, desde que cada um realmente desse o melhor de si mesmo. O resultado foi maravilhoso: dois a dois.
"O verdadeiro atleta compete apenas consigo mesmo", afirmava um velho campeão do paraquedismo. "O atual campeão absoluto de paraquedismo é Clay Schoelapple. Ao analisar as causas da vitória dos Estados Unidos na última disputa, e a derrota da União Soviética, ele simplesmente disse que os russos tinham ido para ganhar, enquanto Clay tinha ido para competir apenas consigo mesmo". E foi ele quem ganhou.
O problema do esporte, portanto, deve ser considerado de uma perspectiva mais ampla. Se a atividade competitiva vê ocorrerem hoje episódios incomuns de arrogância, de intolerância, de violência, de agressão exagerada, isto se deve fundamentalmente ao que o homem pensa de si mesmo e, por conseguinte, à motivação que o guia no esporte: tornar-se o primeiro de todos, sair nas primeiras páginas dos jornais, derrotar o adversário, obter recompensas pessoais que não podem ser alcançadas em outras áreas da vida.
E ao verem correr rios de dinheiro sem qualquer indício de aceitação da superioridade do adversário, da admissão de que também se pode perder, da busca da vitória através do sacrifício e da preparação, os fãs do esporte sentem uma poderosa carga agressiva, que se traduz, infelizmente, em gestos impensados, ditados por uma mentalidade que rejeita até mesmo a hipótese do insucesso.


"Viver a nossa vocação é apostar na felicidade..."


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Participe conosco!


Presença do DISCIPULADO BEATO JOÃO PAULO II

* * *

E no próximo dia 7 de setembro...

Lançado o site oficial do ANO DA FÉ!




Lettera Apostolica
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ROMA, terça-feira, 28 de agosto de 2012 (ZENIT.org)


Acaba de ser lançado o site oficial do Ano da Fé do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. O site (www.annusfidei.va) está disponível em Italiano e Inglês.
Destaca-se o calendário do Ano da Fé (11 de outubro de 2012 - 24 de Novembro de 2013), que será atualizado regularmente pelo dicastério.
Entre os documentos e reflexões para aprofundamento oferecido pelo site estão o Catecismo da Igreja Católica, os Atos do Concílio Vaticano II, a catequese de Bento XVI sobre os apóstolos, os Padres da Igreja, a oração, os teólogos medievais e as grandes mulheres da Igreja. Conta também com várias apresentações do Ano da Fé.
Cada diocese pode também marcar junto à Secretaria Organizadora iniciativas a nível de Igreja local. Serão publicados os eventos mais importantes.
É possível baixar a partitura do hino oficial Credo, Domine, composto para o Ano da Fé e também o logotipo representando o barco da Igreja com um sol no fundo que evoca a Eucaristia.
A página inicial oferece a contagem regressiva do tempo restante até 11 de outubro de 2012.
Acesse e confira:

Segnala Evento



SANTO AGOSTINHO, rogai por nós!


Oração de Santo Agostinho
Vós sois, ó Jesus, o Cristo, meu Pai santo, meu Deus misericordioso, meu Rei infinitamente grande; sois meu bom pastor, meu único mestre, meu auxílio cheio de bondade, meu bem-amado de uma beleza maravilhosa, meu pão vivo, meu sacerdote eterno, meu guia para a pátria, minha verdadeira luz, minha santa doçura, meu reto caminho, sapiência minha preclara, minha pura simplicidade, minha paz e concórdia; sois, enfim, toda a minha salvaguarda, minha herança preciosa, minha eterna salvação.
Ó Jesus Cristo, amável, Senhor, por que, em toda minha vida, amei, por que desejei outra coisa senão Vós? Onde estava eu quando não pensava em Vós? Ah! que, pelo menos, a partir deste momento, meu coração só deseje a Vós e por Vós se abrase, Senhor Jesus! Desejos de minha alma, correi, que já bastante tardastes; ó, apressai-vos para o fim a que aspirais; procurai em verdade Aquele que procurais.
Ó Jesus, anátema seja quem não Vos ama. Aquele que não Vos ama seja repleto de amarguras. Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias, a admiração de todo coração dignamente consagrado à vossa glória.
Deus de meu coração e minha partilha, Jesus Cristo, que em Vós meu coração desfaleça, e sede Vós mesmo a minha vida.
Acenda-se em minha alma a brasa ardente de vosso amor e se converta num incêndio todo divino, a arder para sempre no altar de meu coração; que inflame o íntimo de meu ser, e abrase o âmago de minha alma; para que no dia de minha morte eu apareça diante de Vós inteiramente consumido em vosso amor. Assim Seja.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Confortemo-nos na caridade!




De maneira que traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. (Atos dos Apóstolos 5,15)
8 de agosto de 2012, audiência geral do Papa Bento XVI em Castel Gandolfo: garotinho, aparentemente acometido por câncer, beija a mão do Sumo Pontífice.
Nesta semana, também o Cardeal Francis George, Arcebispo de Chicago, anunciou ter sido diagnosticado com câncer. Ele que, em 2010, vendo a ascensão dos inimigos da Fé, declarou:  “Eu espero morrer na cama, meu sucessor morrerá na prisão, e o seu sucessor morrerá como mártir numa praça pública”.
Rezemos pelos doentes e agonizantes.

DISCIPULADO organiza Encontro Vocacional no Planalto Uruguai

Ontem, dia 26 de agosto, dentre as atividades pensadas para este Mês Vocacional, o Reitor do Discipulado, Pe. Gilberto, e uma representação dos seminaristas participaram de um Encontro Vocacional promovido pela Paróquia Nossa Senhora da Vitória, no Planalto Uruguai, a convite desta Comunidade de Fé. O momento foi dinâmico e marcante, estruturado com a assessoria dos seminaristas Rômullo e Kássio, além da participação do Pe. Gilberto, que deu seu testemunho vocacional. Seguem algumas fotos.







SANTA MÔNICA: exemplo de mulher e esposa



Mônica nasceu em Tagaste (África do Norte) a uns 100 quilômetros da cidade de Cartago no ano 332. Seus pais encomendaram a formação de suas filhas a uma mulher muito religiosa mas de muito forte disciplina.
Ela desejava dedicar-se à vida de oração e da solidão (como seu nome indica) mas seus pais dispuseram que tinham que casar-se com um homem chamado Patrício.
Este era um bom trabalhador, mas com um terrível mal gênio, e além disso mulherengo, jogador e sem religião e nem gosto pelo espiritual.
A fez sofrer o que não está escrito e por trinta anos ela teve que agüentar os tremendos estalidos de ira de seu marido que gritava pelo menor motivo, mas este jamais se atreveu a levantar a mão contra ela. Tiveram três filhos : dois homens e uma mulher. Os dois menores foram sua alegria e consolo, mas o mais velho Agostinho, a fez sofrer por dezenas de anos.
Naquela região do norte da África, onde as pessoas eram sumamente agressivas, as demais esposas perguntavam a Mônica porque seu marido era um dos homens de pior gênio em toda a cidade, mas não a agredia nunca, e ao contrário os esposos delas as agrediam sem compaixão.
Mônica respondeu-lhes: "É que quando meu marido está de mal humor, eu me esforço para estar de bom humor. Quando ele grita, eu me calo. E como para brigar precisam de dois e eu não aceito a briga...não brigamos". Esta formula fez-se célebre no mundo e serviu a milhões de mulheres para manter a paz em casa.
Patrício não era católico, e ainda que criticasse o muito rezar de sua esposa e sua generosidade tão grande com os pobres, nunca se opunha a que ela se dedicasse a estas boas obras, e quiçá por isso mesmo conseguiu sua conversão.
Mônica rezava e oferecia sacrifícios por seu marido e ao fim alcançou de Deus a graça de que no ano 371 Patrício se deixasse batizar, e que o mesmo o fez a sogra, mulher terrivelmente colérica que por meter-se demasiadamente no lar de sua nora tinha amargado a vida da pobre Mônica. Um ano depois de seu batismo, morreu santamente Patrício, deixando a pobre viúva com o problema do filho mais velho.
Patrício e Mônica tinham se dado conta de que seu filho mais velho era extraordinariamente inteligente, e por isso o enviaram à capital do estado, a cidade de Cartago, para estudar filosofia, literatura e oratória. Mas Agostinho teve a desgraça de que seu pai não se interessasse por seus progressos espirituais. Somente lhe importava que tirasse boas notas, que brilhasse nas festas sociais e que se sobressaísse nos exercícios físicos, mas sobre a salvação de sua alma, não e interessava nem lhe ajudava em nada. E isto foi fatal para ele, pois foi caindo de mal a pior em pecados e erros.
Em Milão: Mônica se encontrou com o Santo mais famoso da época, Santo Ambrósio, arcebispo dessa cidade. Nele encontrou um verdadeiro pai cheio de bondade e de sabedoria que foi guiando-a com seus prudentes conselhos.
Além disso, Agostinho ficou impressionado por sua enorme sabedoria e a poderosa personalidade de Santo Ambrósio e começou a escutá-lo com profundo carinho e a mudar suas idéias e entusiasmar-se pela fé católica.
E aconteceu que no ano 387, Agostinho, ao ler umas frases de São Paulo sentiu a impressão extraordinária e se propôs a mudar de vida. Enviou longe a mulher com a qual vivia em união livre , deixou seus vícios e maus costumes. Se fez instruir na religião e na festa da Páscoa da Ressurreição desse anos fez-se batizar.
Agostinho, agora convertido, dispôs voltar com sua mãe e seu irmão, a sua terra, na África, e foram ao porte de Ostia a esperar o barco.
Mas Mônica já tinha conseguido tudo o que esperava nesta vida, que era a conversão de seu filho. Já poderia morrer tranqüila. E aconteceu que estando aí em uma casa junto ao mar, à noite ao ver o céu estrelado conversando com Agostinho sobre como serão as alegrias que teria no céu ambos se emocionavam comentando e meditando as alegrias celestiais que os esperavam.
Em determinado momento exclamou entusiasmada: "E a mim, o que mais pode me amarrar à terra? Já obtive meu grande desejo, o ver-te cristão católico. Tudo o que desejava consegui de Deus". Pouco depois invadiu-lhe uma febre, e em poucos dias se agravou e morreu. A única coisa que pediu a seus dois filhos é que não deixassem de rezar pelo descanso de sua alma. Morreu em 387 aos 55 anos de idade.
Milhares de mães e de esposas encomendaram-se em todos estes séculos a Santa Mônica, para que as ajude a converter a seus maridos e filhos, e conseguiram conversões admiráveis.
Fonte: ACI

domingo, 26 de agosto de 2012

Os aforismos no Encontro de Rímini: O INFINITO VISTO POR DIVERSOS AUTORES



O infinito visto por autores diversos


Antonio Gaspari

RÍMINI, Itália, sexta-feira, 24 de agosto de 2012 (ZENIT.org) - Na edição do Encontro de Rímini deste ano há uma novidade muito boa.

As escadas da feira expõem aforismos que procuram facilitar a captação do significado mais profundo da XXXIII edição do Meeting, como é comumente conhecido na Itália este Encontro pela Amizade entre os Povos.
 
"A natureza do homem é relação com o infinito", escreveu Luigi Giussani, o servo de Deus que fundou a Comunhão e Libertação, responsável pelo evento.
 
O matemático, físico, filósofo e teólogo francês Blaise Pascal escreveu: "O último passo da razão é o reconhecimento de que além dela há uma infinidade de coisas".
 
Sobre o mesmo tema, o poeta britânico Edward Young afirmou: "Imagina baixo demais quem imagina abaixo das estrelas".
 
O poeta alemão Johan Wolfgang Goethe considerou que "A vida é a infância da nossa imortalidade".
 
"Todas as coisas finitas mostram o infinito", escreveu o poeta norte-americano Theodore Roethke.
 
Para concluir, o poeta francês Charles Péguy opina que "A amnésia do eterno é o mal do nosso século".
 
A estes aforismos, eu acrescentaria o ponto de vista de Charles de Foucauld, que observa que "o melhor, o verdadeiro infinito, a verdadeira paz, estão somente ao pé do tabernáculo divino".
 
Obrigado ao Meeting por essas reflexões.
 
[Trad.ZENIT]

sábado, 25 de agosto de 2012

“Uma vergonha”, diz Dom Erwin sobre decisão do STF de soltar acusado da morte de irmã Dorothy


O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu o pedido de habeas corpus, determinando a expedição de alvará de soltura para Regivaldo Pereira Galvão, condenado pelo Tribunal do Júri de Belém (PA) a 30 anos de reclusão pelo homicídio que vitimou a missionária Dorothy Stang. “Recebo essa informação com espanto”, declarou o bispo da prelazia do Xingu (PA), dom Erwin Krautler.

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“Não posso admitir que seja esta a Justiça de nosso país. Que Deus tenha pena de todos nós”, afirma o bispo, que avalia que a decisão do STF desconsidera o que foi determinado pelo Tribunal de Júri do Pará. “Esta notícia envergonha a todos”.

Com a decisão do STF, o juiz de Altamira (PA) Raimundo Moisés Flexa, expediu o alvará de soltura. Regivaldo foi solto na tarde desta quarta-feira. Está marcado, para o próximo dia 3, o depoimento do policial federal Fernando Luiz Raiol, que recentemente protocolou documento em cartório, revelando fatos sobre o assassinato da missionária que poderão ensejar a reabertura do caso.

Paquistão: líderes religiosos unem esforços para salvar menina con síndrome de Down acusada de blasfêmia


ROMA, 24 Ago. 12 / 08:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Igreja, o Governo e líderes religiosos muçulmanos uniram esforços para salvar a Rimsha Masih, a menina cristã de onze anos que padece síndrome de Down que foi presa sob a lei de blasfêmia por ter queimado sem querer algumas páginas do Corão.



Rimsha foi presa no dia 11 de agosto em um bairro pobre de Islamabad logo que uma multidão furiosa exigisse um castigo para a suposta blasfema. Alguns informes de organizações humanitárias que trabalham na localidade indicaram que a menor queimou papéis recolhidos de um amontoado de lixo –entre os quais havia páginas do Corão-, com a intenção de fazer fogo para cozinhar. Atualmente a menina está isolada em uma cela.

Este fato impressionou à opinião pública mundial e suscitou “o compromisso das instituições e dos líderes religiosos para que ela seja posta em liberdade”, indicou o católico Paul Bhatti, Conselheiro do Primeiro-ministro para a Harmonia Nacional, à agência vaticana Fides.

“Temos confiança neste assunto, e vemos que a colaboração dos imãs foi preciosa”, acrescentou Bhatti.

Segundo a agência vaticana, “os líderes muçulmanos não aceitaram, como pedido pelos radicais, lançar anátemas do púlpito das mesquitas e "incitar a revolta contra os cristãos": isto evitou um banho de sangue. Não obstante tudo, a situação é tensa, e a polícia garante a segurança do subúrbio cristão na área de Rawalpindi, onde, dentre as cerca de 700 famílias, vivia a família de Rimsha. A família se transferiu para um local seguro”. 

"A situação está sob controle", disse Bhatti, mas a área está sendo vigiada pela polícia, pois nos dias passados uma multidão extremista decidiu incendiar as casas dos cristãos inocentes. Mais de 600 pessoas, aterrorizadas, fugiram e encontraram refúgio temporário junto de outras famílias ou se alojaram nas igrejas e barracas de Rawalpindi. Alguns sacerdotes da Caritas diocesana estão fornecendo alimento e assistência”.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fazenda da Paz recebe primeira visita de Dom Jacinto

A Fazenda da Paz recebeu a visita do novo Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Teresina, Dom Jacinto de Brito. De acordo com o coordenador geral da comunidade terapêutica, Célio Luiz Barbosa a visita do arcebispo foi uma grande honra para a casa receber o arcebispo, porque já demonstrou o interesse pelo serviço e de ter conhecimento dos serviços das comunidades terapêuticas.
“No momento em que esteve na comunidade terapêutica o arcebispo se mostrou interessado, conversou com os funcionários e se colocou a disposição e inclusive já ficou marcado que em outubro a crisma dos internos em missa presidida pelo arcebispo. Dom a Jacinto demonstrou muito carisma, participou das atividades, dança de igual para igual com os internos", afirma Célio.
Célio Luiz Barbosa disse que desde o seu início, há 18 anos, a Fazenda da Paz contou com o apoio da Arquidiocese de Teresina, tendo o bispo da época - Dom Miguel - como um dos seus fundadores, juntamente com o Padre Pedro Balzi e demais leigos da arquidiocese. Atualmente, o escritório da Fazenda da Paz funciona em um espaço cedido pela instituição.
Segundo o coordenador, a proximidade com a igreja é muito importante, já que a Fazenda da Paz tem a religiosidade como um dos seus pilares. “Não temos exigência quanto à religião, mas acreditar em um poder superior é a base para o tratamento na comunidade terapêutica”, afirma Célio.






quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Arcebispo Participa de encontro sobre a história da Rádio Pioneira


O Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto de Brito se reuniu com os colaboradores da Rádio Pioneira e membros da Fundação Dom Avelar para conhecer mais de perto a história da emissora católica que no mês de setembro completa 50 anos. O Arcebispo assumiu a Arquidiocese de Teresina há um pouco mais de 3 meses está conhecendo todos os setores e serviço da Igreja por ele dirigida.


A Rádio que foi criada por Dom Avelar Brandão Vilela, Arcebispo de Teresina, com a 50 anos com o objetivo da evangelização, alfabetização e a formação cultural da população. Desde a sua fundação a emissora católica ganhou notoriedade e credibilidade junto à população piauiense pela precisão, seriedade e responsabilidade com que a notícia é levada ao ar.
Vários colaboradores que participaram da Rádio desde a sua Fundação participaram do encontro, como foi o caso do Radialista Dídimo de Castro, que até os dias atuais ainda comanda o departamento de esporte da emissora. Outros profissionais também participaram e relataram como funciona a Rádio e principalmente da importância que ela tem para a comunidade teresinense e até mesmo piauiense.
Alguns ouvintes também estiveram presentes no encontro de apresentação da Rádio ao arcebispo. Alguns deles que participaram do dia-a-dia da rádio, citaram casos que foram solucionados através da interferência da emissora, mas também deram sugestões para melhorar o serviço e a programação.
O encontro foi coordenado pelo Padre Tony Batista, que falou da importância para a evangelização através do Rádio. Ele citou ainda a experiência de uma ouvinte que preparava a casa para escutar a Rádio Pioneira no momento das transmissões das missas.
Depois de ouvir o relato dos representantes de cada setor, o arcebispo fez algumas perguntas, principalmente com relação à participação dos jovens na programação. Perguntou também como estavam às condições técnicas, falou das dificuldades financeiras que atinge a maioria das rádios Católicas, mas lembrou de que a comemoração dos 50 anos poder ser um momento de ascensão para emissora.
No final foi lembrado de como está sendo preparada a festa de aniversários da Rádio e foi citada principalmente a missa que será celebrada no próximo dia 9 de setembro, data em que a emissora completa o cinquentenário, de muito trabalho que foi referência por ter dado certo e pioneiro.

Renato Bezerra

Santa ROSA DE LIMA, Padroeira da América Latina



Ó anjos do céu,
cantai esta Rosa,
brotada na terra,
tão bela e formosa!

Foi ela que a América
ao céu ofertou,
mas que a todo o mundo
de amor perfumou.

Aos mudos e cegos
dá voz e visão,
e a todos socorre
com sua oração.

Com Rosa a Trindade,
na terra, louvemos;
com ela no céu,
um dia cantemos.


Dos Escritos de Santa Rosa de Lima, virgem

(Ad medicum Castillo: edit. L. Getino, La Patrona de América, Madrid 1928, pp. 54-55)  -  (Séc.XVII)

Conheçamos a supereminente caridade da ciência de Cristo


O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade disse: “Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça; entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu”.

Ouvindo estas palavras, penetrou-me um forte ímpeto como de me colocar no meio da praça e bradar a todos, de qualquer idade, sexo e condição: “Ouvi, povos; ouvi, gentes. A mandado de Cristo, repetindo as palavras saídas de seus lábios, quero vos exortar: Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma”.

O mesmo aguilhão me impelia a publicar a beleza da graça divina; isto me oprimia de angústia e me fazia transpirar e ansiar. Parecia-me não poder mais conter a alma na prisão do corpo, sem que, quebradas as cadeias, livre, só e com a maior agilidade fosse pelo mundo, dizendo: “Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina, como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si, quantos tesouros, quanto júbilo e delícia! Sem dúvida, então, eles empregariam todo o empenho e cuidado para encontrar penas e aflições! Iriam todos pela terra a procurar, em vez de fortunas, os embaraços, moléstias e tormentos, a fim de possuir o inestimável tesouro da graça. É esta a compra e o lucro final da paciência. Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens”.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"MARIA É RAINHA PORQUE ESTÁ ASSOCIADA DE MODO ÚNICO AO SEU FILHO"


Catequese do Santo Padre durante a Audiência Geral desta manhã
* * *
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje é a memória litúrgica da Santíssima Virgem Maria invocada com o título: "Rainha". É uma festa instituída recentemente, ainda se a devoção seja de origem antiga. Foi criada pelo Venerável Pio XII, em 1954, no final do Ano Mariano, definindo a data para o 31 de maio (cf. Carta Encíclica Ad Caeli Reginam, 11 de outubro de 1954: AAS 46 [1954], 625-640). Nesta ocasião, o Papa disse que Maria é Rainha mais do que qualquer outra criatura pela elevação de sua alma e pela excelência dos dons recebidos. Ela nunca deixa de conceder todos os tesouros do seu amor e dos seus cuidados pela humanidade (cf. Discurso em honra de Maria Rainha, 1º de novembro de 1954). Agora, após a reforma do calendário litúrgico, foi colocada depois de 8 dias da solenidade da Assunçaõ para sublinhar a estreita relação entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo junto ao seu Filho. Na Constituição sobre a Igreja do Concílio Vaticano II lemos assim: "Maria foi assunta à glória celeste, e exaltada por Deus como Rainha do universo, para que fosse mais plenamente conformada com o seu Filho” (Lumen gentium, 59).
Esta é a raiz da festa de hoje: Maria é Rainha porque está associada de modo único com o seu Filho, seja no caminho terreno, seja na glória do Céu. O grande santo da Síria, Efrém, o Sírio, afirma, sobre a realeza de Maria, que deriva da sua maternidade: Ela é Mãe do Senhor, do Rei dos reis (cfr. Is 9, 1-6) e nos mostra Jesus como vida, salvação e nossa esperança. O Servo de Deus Paulo VI lembrava na sua Exortação Apostólica Marialis Cultus: "Na Virgem Maria tudo é relativo a Cristo e tudo depende dele: por ele Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a adornou de dons do Espírito, concedidos a mais ninguém "(n. 25).


Mas agora nos perguntamos: o que significa dizer Maria Rainha? É só um título como outros, a coroa, um ornamento como outros? O que significa isso? O que é esta realeza? Como já indicado, é uma conseqüência do seu ser unido ao Filho, do seu ser no Céu, ou seja, em comunhão com Deus; Ela participa da responsabilidade de Deus pelo mundo e do amor de Deus pelo mundo. Há uma ideia vulgar, comum, de rei ou rainha: seria uma pessoa com poder, riqueza. Mas este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. Pensemos no Senhor: a realeza e o ser rei de Cristo está cheio de humildade, serviço, amor: é acima de tudo servir, ajudar, amar. Lembremos que Jesus foi proclamado rei na cruz com esta inscrição escrita por Pilatos: “Rei dos Judeus” (cf. Mc 15, 26). Naquele momento, na cruz, mostra que é rei; e como é rei? sofrendo conosco, por nós, amando até o fim, e assim governa e cria verdade, amor, justiça. Ou pensemos também em outro momento: na Última Ceia inclina-se para lavar os pés dos seus. Portanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a dos poderosos da terra. É um rei que serve os seus servos; assim o fez durante toda a sua vida. E o mesmo vale para Maria: é rainha no serviço a Deus, à humanidade, é rainha do amor que vive o dom de si a Deus para entrar no desenho da salvação do homem. Respondeu ao anjo: Eis aqui a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38), e no Magnificat canta: Deus olhou para a humildade da sua serva (cf. Lc 1,48). Nos ajuda. É Rainha amando-nos, ajudando-nos em cada uma das nossas necessidades; é a nossa irmã, serva humilde. E assim já chegamos ao ponto: como é que Maria exercita essa realeza de serviço e amor?

Cuidando de nós, seus filhos: os filhos que se dirigem a ela na oração, para agradecê-la ou para pedir a sua materna proteção e a sua ajuda celestial, depois de ter perdido o caminho, oprimidos pela dor ou pela angustia por causa das tristes e difíceis vicissitudes da vida. Na serenidade ou na escuridão da existência, nós nos voltamos para Maria confiando-nos à sua contínua intercessão, para que nos possa obter do Filho toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação ao longo das estradas do mundo. Àquele que governa o mundo e detém os destinos do universo nos dirigimos confiados, por meio da Virgem Maria. Ela, por séculos, é invocado como celestial Rainha dos céus; oito vezes, depois da oração do Santo Terço, é implorada nas ladainhas lauretanas como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos e das Famílias. O ritmo dessas antigas invocações, e orações cotidianas como a Salve Rainha, nos ajudam a compreender que a Virgem Santa, como Mãe nossa, junto ao Filho Jesus, na glória do Céu, está conosco sempre, no desenrolar da nossa vida diária.
O título de Rainha é, então, título de confiança, de alegria, de amor. E sabemos que aquela que tem em mãos, em parte, o destino do mundo é boa, nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades.
Caros amigos, a devoção à Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual. Que na nossa oração não deixemos de dirigir-nos confiados a Ela. Maria não deixará de interceder por nós junto ao seu Filho. Olhando para Ela, imitemos a sua fé, a disponibilidade plena ao projeto de amor de Deus, a generosa acolhida de Jesus.
Aprendamos de Maria a viver. Maria é a Rainha do céu que está perto de Deus, mas é também a mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e escuta a nossa voz. Obrigado pela atenção.
[Tradução Thácio Siqueira]

Arquidiocese de Teresina apóia projeto de lei a favor da saúde





O arcebispo metropolitano de Teresina Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho assinou, nesta quarta-feira, 22 de agosto, documento em apoio ao projeto de lei de iniciativa popular em defesa da ampliação de recursos para a saúde pública no Brasil.
A assinatura de Dom Jacinto Brito reforça o apoio irrestrito da Arquidiocese de Teresina à melhoria das condições de saúde da população brasileira, com a correta aplicação e transparência dos recursos públicos.


 http://www.arquidiocesedeteresina.org.br/noticia/636/Arquidiocese-de-Teresina-apoia-projeto-de-lei-a-favor-da-saude-publica/

domingo, 19 de agosto de 2012

Sobre SÃO BERNARDO, exemplo de ascese cristã!


Para conhecermos mais sobre o Doutor da Igreja que mereceu ainda o título de CANTOR DE MARIA...




Bernardo de Claraval nasceu em Fontaine-lès-Dijon, Dijon, França, em 1090. Era filho de um vassalo do duque de Borgonha, ingressou em 1112 no mosteiro de Citeaux (Cister), onde se tornou monge. Encarregado pelo abade S. Harding de encontrar um lugar para fundar um novo mosteiro, indicou Clairvaux (Claraval), que em pouco tempo, sob sua direção, tornou-se o mais importante centro monástico cisterciense, com numerosas ramificações em toda a França. Defensor de uma rigorosa reforma da Igreja baseada na volta à pobreza evangélica, ao trabalho manual e à oração, Bernardo de Claraval participou também dos conflituosos fatos históricos de sua época, dividido até o fim de sua vida entre contemplação e ação, dialética que percorre ainda a múltipla variedade dos seus escritos. Durante o cisma (1130) entre o antipapa Anacleto II e o papa Inocêncio II, tomou a decidida defesa deste último, acompanhando-o em suas viagens à França, Alemanha e Itália, granjeando-lhe a confiança e a adesão do rei da França, Luís VI, do rei da Inglaterra, Henrique I, e de outros governantes europeus. Lutou contra Arnaldo de Brescia, recusando-se a compartilhar o modo como este denunciava os males da Igreja, especialmente a riqueza do clero.
Quando um discípulo, Eugênio III, foi eleito papa, dirigiu a ele o tratado "De consideratione" (Da consideração), em cinco livros, sobre os métodos para governar a Igreja. Foi justamente Eugênio III quem confiou a Bernardo de Claraval a pregação da segunda cruzada, anunciada em 1146 e malograda dois anos depois. No plano doutrinal, Bernardo combateu Abelardo e Gilberto de la Porée, desenvolvendo com eles uma polêmica apaixonada, não desprovida de tons bruscos e violentos.
Bernardo faleceu em Claraval, 1153, foi canonizado pelo papa Alexandre III (1174), foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio VIII, em 1830.
A teologia de Bernardo de Claraval, ligada à tradição e às fontes patrísticas, revela-se profundamente embebida de sentido bíblico. A Escritura é para ele a palavra de Deus vivo na Igreja, a história da revelação do amor de Deus em Cristo e, como tal, é mais objeto de oração do que de estudo. Derivam daí não apenas uma espécie de experiência religiosa da Bíblia, que o leva a uma compreensão vivida de tudo o que ela contém, mas sobretudo o pathos e a poesia presentes em seus numerosos comentários da Bíblia. Seu programa de vida espiritual pode ser caracterizado como um itinerário que leva do pecado à glória, do conhecimento de si ao retorno a Deus: um "retorno a Deus" que se realiza a partir da humildade, ou antes do reconhecimento da própria miséria e pobreza.
Espírito contemplativo dos mais originais, Bernardo de Claraval é considerado o doutor do monaquismo cisterciense (Doutor Melífluo), do qual estabeleceu em fórmulas definitivas o ideal de vida que viria a progredir tanto nos séculos seguintes. Dentre suas obras, devem ser lembradas sobretudo os "Sermones" (Sermões) e os tratados "De diligendo Deo" (Do amor divino) e "De gradibus humilitatis et superbiae" (Graus da humildade e da soberba), além de um copioso epistolário com cerca de 500 cartas. A invocação da Salve Rainha, é fruto de sua profunda e apaixonada devoção a Nossa Senhora: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria".


PENSAMENTOS DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

"Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração".

"Tudo o que temos de benefícios de Deus, nós o recebemos pela intercessão de Maria. E por que é assim? Porque Deus assim o quer".

"Quem somos nós, e qual a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio, recorressemos com toda humildade à sua misericórdia".

"Maria recebeu de Deus uma dupla plenitude de graça. A primeira foi o Verbo eterno feito homem em suas puríssimas entranhas. A segunda é a plenitude das graças que, por intermédio desta divina Mãe, recebemos de Deus".

"O avarento está sempre faminto como um mendigo, nunca chega a ficar satisfeito com os bens que deseja. O pobre, como senhor de tudo, os despreza, pois não deseja nada".

"A oração controla nossos afetos e dirige nossas ações para Deus"

"Não consideres tanto o que sofres, mas o que Jesus sofreu por ti".

"O que é Deus? Ele é ao mesmo tempo comprimento, largura, altura e profundidade... Esse comprimento, o que é ele? A eternidade, pois ela é tão longa que não tem limites seja quanto ao lugar, seja quanto ao tempo. É Deus também largura? E essa largura, que é ela senão a caridade que se estende até o infinito? Deus é altura e profundidade; e por essa altura deveis entender seu poder; e por profundeza, sua sabedoria. Ó sabedoria cheia de poder que chega a todos os recantos com força. Ó poder cheio de sabedoria que tudo dispõe com doçura"

"Os clérigos que estudam por puro amor da ciência: é uma curiosidade ignominiosa; outros o fazem para alardear um renome de sábios: é uma vaidade vergonhosa... outros ainda estudam e vendem seu saber em troca de dinheiro e honras: é um tráfico vergonhoso. Mas há também os que estudam para edificar seu próximo: é uma obra de caridade; outros, finalmente, para edificar a simesmos: é uma atitude de prudência..."

"Se a pobreza não fosse um grande bem, Jesus Cristo não teria escolhido para si, nem a teria deixado em herança para os seus preferidos".

"Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em participar devotamente de uma só Missa do que com distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra"

"Amo porque amo, amo para amar. Grande coisa é o amor, contanto que vá a seu princípio, volte à sua origem, mergulhe em sua fonte, sempre beba donde corre sem cessar".

"Deus é sabedoria e quer ser amado não só suave mas também sapientemente... Aliás com muita facilidade o espírito do erro zombará do teu zelo, se desprezares a ciência; nem o astuto inimigo tem instrumento mais eficaz para arrancar do coração o amor, do que conseguir que no mesmo amor se ande incautamente, e não com a razão"

"O servo de Maria não pode perecer".

"Maria é a onipotência suplicante".

"Quem não medita não julga com severidade a si mesmo, porque não se conhece"

"Há o espírito de sabedoria e de inteligência que, à maneira da abelha que produz cera e mel, tem com que acender a luz da ciência e infundir o sabor da graça. Não espere, portanto, receber o beijo, nem o que compreende a verdade, mas não a ama; nem o que a ama, mas não a compreende"

"Quando Deus ama não quer outra coisa senão ser amado, já que ama para ser amado; porque bem sabe que serão felizes pelo amor aqueles que O amarem".

"Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado a teus pés".

"A Eucaristia é o amor que supera todos os outros amores no céu e na terra"

"Deus depositou em Maria a plenitude de todo bem".

"Onde há amor, não há canseira, mas gosto".

"São fortes as potências do inferno, entretanto, a oração é mais forte do que todos os demônios".
"Possuireis todas as coisas sobre as quais se estender a vossa confiança. Se esperais muito de Deus, Ele fará muito por vós. Se esperais pouco, Ele fará pouco".

"O amor do Esposo, ou melhor, o Esposo-Amor, somente procura a resposta do amor e a fidelidade. Seja permitido à amada corresponder ao amor! Por que a esposa e esposa do Amor não deveria amar? Por que não seria amado o Amor?"

"A causa para amar a Deus é o próprio Deus; a medida, é amá-lo sem medida".

"Oh! amor santo e casto! Oh! doce e suave afeto!... Tanto mais doce e suave, porque é todo divino o sentimento que se prova. Experimentá-lo é divinizar-se".

"É melhor para mim, Senhor, abraçar-te na tribulação e estar contigo na fornalha, do que estar sem ti até mesmo no Céu".

"Que faria a ciência sem o amor? Envaideceria. Que faria o amor sem a ciência? Erraria".

"Por vós, Maria, temos acesso ao Filho, por vós que achaste a graça, Mãe da Salvação, para que por vós nos receba Aquele que por vós nos foi dado".

"Da cruz e das chagas do nosso Redentor sai um grito para nos fazer entender o amor que Ele nos tem".

"Busquemos a graça, mas busquemos por intermédio de Maria! Por ela acha-se o que se busca e não se pode ser desatendido".

"Todo o nosso mérito consiste em confiarmos plenamente em Deus".

"Nossa esperança não pode ser incerta, pois que ela se apóia nas promessas divinas".

"Com a oração a alma consegue o auxílio divino, diante do qual desaparece todo o poder das criaturas".

"Existe indubitavelmente uma espantosa analogia entre o azeite e o nome do Amado, pelo que a comparação apresentada pelo Espirito Santo não é arbitrária. A não ser que possais sugerir algo de melhor, afirmarei que o nome de Jesus possui semelhança com o azeite na tripla utilidade deste último, nomeadamente, para iluminar, na alimentação e como lenitivo. Mantém a chama, alimenta o corpo, alivia a dor. É luz, alimento e medicina. Observai como as mesmas propriedades podem ser encontradas no nome do noivo divino. Quando pronunciado fornece luz; quando meditado, alimenta; quando invocado, serena e abranda".

"Deus quis que não recebêssemos nada que não passe pelas mãos de Maria"

"A vista ofuscada pela raiva não enxerga direito".

"Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido com Deus".

"Quando se vê uma pessoa perturbada, a causa da perturbação não é outra coisa senão a incapacidade de satisfazer a própria vontade".

"Não é a pobreza que é considerada virtude, mas o amor à pobreza".

"Ninguém tenha em pouca conta a oração, porquanto Deus não a tem em pouca conta; pois Ele ou dá o que pedimos, ou dá o que deve ser-nos mais útil".

"Tal é a vontade de Deus, que quis que tenhamos tudo por Maria".

"Toda alma que ama a Deus, torna-se sua esposa".

"A humilhação nos leva à humildade, assim como a paciência à paz e o estudo à ciência. Quereis experimentar se vossa humildade é verdadeira, até onde vai, se adianta ou recua? As humilhações vos fornecerão o meio".

"Quando a caridade vem e é perfeita, realiza a união espiritual, e serão dois (Deus e alma) não em uma só carne mas em um só espírito, tal como diz o apóstolo: 'Quem se achega a Deus torna-se um só espírito com Ele' (I Cor 6,17). Se ama perfeitamente, a alma está desposada com Deus. Amor mútuo, íntimo, válido, que não vive em uma só carne, mas que une em um só espírito, e de dois faz um só".

"Poderíamos definir a humildade assim: 'É uma virtude que estimula o homem a menosprezar-se ante a clara verdade de seu próprio conhecimento'".

"Tu encontrarás mais coisas nas florestas do que nos livros; as árvores e as pedras te ensinarão mais do que qualquer mestre te poderá dizer".

"Amemos e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso ofereceremos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir à caridade".

"Só nos casos de confiança o Senhor deita o azeite de sua misericórdia".

"Quereis um advogado junto a Jesus? Recorrei a Maria, pois nela não há senão pura compaixão pelos males alheios. Pura não só porque ela é imaculada, mas porque nela só existe compaixão pura e simples. Digo-o sem hesitar: Maria será ouvida devido à consideração que lhe é devida. O Filho ouvirá a Mãe, e o Pai, seu Filho. Eis, pois, a escada dos pecadores, minha absoluta confiança; eis todo o fundamento de minha esperança".

"'Senhor, que queres que eu faça?' (pergunta Paulo). É esta certamente a forma de uma perfeita conversão. Quão poucos se ajustam a esta forma de perfeita obediência que, de tal modo tenham abdicado à vontade-própria que nem sequer mais tenham seu próprio coração e a toda hora se perguntem, não o que eles querem, mas o que o Senhor quer".

"Que união feliz! Que união feliz, se já a experimentaste! Bem a conhecia, por experiência, o Salmista ao exclamar: ' Minha felicidade, ó Deus, é estar junto de Ti' (Sl 72,28). Sim, é muito bom se te unes a Deus com todo o teu ser. E quem então adere tão perfeitamente a Deus? Aquele que, habitando em Deus, sendo amado por Deus, atrai Deus a si com um amor recíproco".

"O amor não busca outro motivo e nenhum fruto fora de si; ele é seu próprio fruto, seu próprio deleite".

"Ser deificado é tornar-se caridade porque Deus é caridade; por isso todos os esforços da alma devem ter como alvo a caridade. A caridade dá a visão de Deus e a semelhança a Deus".

"Recorre a Maria! Sem a menor dúvida eu digo, certamente o Filho atenderá sua Mãe".

"Para chegarmos à perfeição temos necessidade da meditação e da petição; pela meditação vemos o que nos falta; pela súplica recebemos o que nos é necessário".

"Quem recorreu à Vossa proteção e foi por Vós desamparado, ó Maria?"

"Desapareça a vontade própria e não haverá inferno".

"Se os homens fizessem guerra à vontade própria, ninguém se condenaria".

"Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração".

"Não há música mais suave, palavra mais jubilosa, pensamento mais doce que Jesus, Filho de Deus!".

"Não se poderiam encontrar palavras mais suaves para exprimir as doces e recíprocas relações que se dão entre Deus e a alma reunida a seu corpo ressuscitado, que as de esposo e esposa. Como estes possuem tudo em comum, nada de particular, nada de dividido, ambos têm uma herança, uma casa, uma mesa, um quarto conjugal, um mesmo corpo".